sábado, julho 23, 2005

Fim

Devia estar a arrumar caixotes.
Vou esperar pela minha babysitter para dar uma de fada do lar. Mas antes vou contar-lhe as minhas desventuras, vou chorar de certeza - o telefone acaba de ecoar o sinal de mensagem pelos tectos altos da minha casa e o meu coração dispara.
Mas não é quem eu esperava, faz-me sorrir de qualquer forma, mas não é quem eu esperava, é o Rui Lúcio, um que tinha fama de besta como o Madeira, mas que se tornou um dos meus melhores amigos do pasquim, um dos que não se esqueceu de telefonar ontem, mas depois ligo à Cat, porque tenho saudades dela, e desato logo a chorar, nem espero pela minha querida Astride para abrir a torneira.
O telefone toca outra vez é a Joana, grita comigo, grita porque tem toda a razão, eu choro, e o post sai de rajada, outra vez, o post amaldiçoado, e este blog acaba aqui.
Este blog era para os meus amigos. Dez telefonemas por causa de um post? Telefonemas de quem?
Escreves tão bem, não acabes este blog, do outro lado ela diz: tens que escrever um livro, diz isto porque eu estou a chorar sem conseguir parar, mas este blog acaba aqui, não há discussão, não há mais discussão. Ninguém vai voltar a ser acordado por causa dos posts deste blog.
Em dez minutos, este blog acabou. Foda-se!
Eu ia só escrever disparates, disparates sobre ontem, disparates sobre mim, mas este blog acaba aqui.

NR - O Mac diz que há uma forma de pedir cartão da casa à entrada. De transformar a (T)ralha num clube selecto. E, por isso, parei de apagar posts, um a um. Logo se vê, se para a semana, continuo a deitar tudo para o lixo ou se deixo de fazer novelas, como diz o senhor do pedestal no seu comment. Custa muito acabar com este cantinho, garanto-vos. Imaginava a sua morte de outra forma, por já não o poder ver à minha frente, por desleixo, nunca assim. Por leitores maldosos a acordarem os meus amigos pelas parvoeiras que eu aqui escrevo.

PS- Maique, a história dos sorrisos parece meia parva, mas resultou. :)

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