segunda-feira, junho 20, 2005

Mudança

Não estranhem a ausência de caracteres neste blog. Ando com a casa (literalmente) às costas - 48 degraus a pique até ao meu quarto andar cheio de cachet no Marquês de Pombal (festa de inauguração na próxima semana).
Hoje, porém, fui buscar o meu Lourenço das arábias ao aeroporto (foi a primeira vez que ele me deixou fazê-lo) e até me esqueci do murro no estômago de sexta-feira - a entrevista a correr e o senhor holandês aflito, com a actual namorada psicótica (uma que eu ingenuamente ajudei nos meandros do Tribunal de Família e Menores de Lisboa) a enviar-lhe sms de calibre do além, de dez em dez minutos, e eu, boa samaritana, armada em conselheira matrimonial (cada conselho sincero saiu-me do pelo, atou-me um nó cego na garganta e no coração).
Mas, quando o Miguel, nome de código Lourenço, reaparece em Lisboa tudo é menos grave e eu juro, parece impossível esta contabilidade: não dá para acreditar que ele está há dois anos e meio longe de mim.
Hoje fomos às minhas 3+1 assoalhadas do Marquês de Pombal e disse-lhe que já podia voltar. Podia morar ali comigo e com a Carolina. Abraçámo-nos, um abraço muito forte, que teve que ser interrompido, pela ciumeira da minha filha que não deixa nenhum homem tocar-me (eu era igual com a Magui e os seus namorados).
Mais do que um amigo, mais do que um namorado, mais do que um irmão, mais do que um pai para a minha filha, ali, naquele quarto com vista para a Duque de Loulé, senti-me capaz de enfrentar qualquer batalha, e pensei de mansinho que não vou ficar destroçada outra vez.
Tem uma namorada psicótica, tem aquilo que merece.

2 comentários:

Anónimo disse...

Espero que ontem tenhas aproveitado bem a companhia dele. Hoje, vais ter de o partilhar... ;-)

K disse...

bem...estranho a ausência sim senhora...:)bj