A pedido de várias famílias...
O Maique - da "Pandilha" - está na outra linha (Gmail) a queixar-se: "é bonito é, mas foi o senhor que escreveu" (escreve tudo isto sem acentos, claro, e com muitos agás há mistura). Tem razão. Tem toda a razão.
Não sei o que se passa.
Vou acender mais um cigarro, rezar para que a Migraspirina faça efeito e que a inspiração bata à porta...
Não é segredo nenhum o que vou escrever a seguir. O Vinicius de Morais dizia que "o poeta só é grande se sofrer" e toda a gente está careca de saber que a palavra escrita sai mais facilmente quando se ama. A combinação das duas, que é o meu caso, não multiplica a qualidade (nem a quantidade; os meus posts são telegráficos...) da prosa...
Às vezes, sou infeliz porque sinto que tenho uma existência vazia. Que se eu morresse, ninguém iria dar pela minha falta. Que as 24 horas do dia passam, deslizam pelos meus dedos sem que nada de excepcional aconteça. Mas, depois, olho para o lado e percebo que estou errada. Que os meus dias são cheios, que estou a passar pela vida de uma maneira que poucos ousam fazer. Tem um preço elevado sentir a vida assim. A aposta é alta.
A minha mãe está-me sempre a dizer "não vibres". Multiplico a felicidade por cem; a tristeza por mil. E, invariavelmente, dou-me mal.
Não me importo.
Posso até vir a ser uma estatística. O meu nome dificilmente ficará gravado numa rua de Lisboa. Basta-me a consolação de continuar a viver assim. Na verdade, contento-me com muito pouco.
1 comentário:
exacto! já (...) nisto. M.to bem dito.
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