O mistério da estrada de Sintra
O repto foi-me lançado pelo meu querido amigo Mac
"e porque não reeditar a ideia?
Apenas a ideia, já que a arte per se foi de mestres e não é, de perto nem de longe, replicável.
O que me dizes?"
É uma proposta indecente. Dois blogs, quatro mãos, uma história.
Eu nunca escrevi a quatro mãos. Tenho as minhas dúvidas que isto vá resultar.
O Mac escreve muito bem, mas é denso, muitas das vezes quase imperceptível, eu, francamente, não gosto dos textos em que ele usa palavras como languido ou lúgubre (detesto-as, dão-me náusea, e ele ama-as). Eu sou matéria prima em bruto, não gosto de figuras de estilo, detesto ter que ler uma frase duas vezes para a perceber. O Mac tem uma escrita codificada, polida, aparada...
Mas é um dos meus melhores amigos - e, mais recentemente, faz terapia gratuita pelo messenger - e penso que vai ser uma experiência engraçada, ainda que, provavelmente, fugaz.
Vamos lá ver o que é que dá.
A história vai começá-la ele, porque, caros, continuo muito feliz para escrever seja o que fôr. Eu pego onde ele acabar e ele começa onde eu terminei. E assim sucessivamente, a fingir que somos o Eça e o Ramalho Ortigão (eu quero ser o Eça)
Como a (T)ralha tem uma linha editorial definida - ando a fazer o livro de estilo deste quintaleco -, todos os posts a quatro mãos serão devidamente identificados como tal.
E vocês, digam de sua justiça, se acham bem ou acham mal (da minha parte, prometo continuar a escrever sobre a minha infância, porque, acima de tudo, este é um blog intimista).
Sem comentários:
Enviar um comentário