Quando eu morrer
Enterrem-me numa cama de flores, de plástico, feéricas, misturadas com hortênsias e malmequeres, no fim do mundo, onde Judas perdeu as botas e o cú: no cemitério do Faial da Terra.
Amanhã dou-vos conta da lista extensa, enorme, interminável, das minhas próximas reencarnações, são todas na ilha do arcanjo, onde Deus passa férias, levando consigo um batalhão de súbditos alados que fizeram sempre os trabalhos de casa e foram dormir a horas e comeram tudo ao jantar sem refilar (Deus leva também consigo os querubins, e só assim se explicam os jardins a cada centímetro quadrado). Submeti o requerimento, preenchendo todos os formulários em duplicado, foi tudo certinho em correio azul, em papel de 25 linhas, dactilografado, estampado com selo branco no fim, e agora estou em lista de espera, mas nesta vida, é tentador, é tentador demais, e até eu ficava por lá a plantar batatas, ou a tratar de um jardim com vista para o Atlântico ou para uma das lagoas que há aos pontapés, ou, pior, a escrever notícias sem interesse e cheias de gralhas no Açoriano Oriental, com cigarros Além Mar extintos no cinzeiro, uns atrás dos outros.
8 comentários:
Está visto que gostaste de estar pelas bandas açoreanas. Só espero que não penses em mudar-te para lá. Aí como é que iria ver-te?
Jokas
ahhhhhhhhhhhh wwweeee ahhhhhhh
H.I.S.T.E.R.I.A. AHHHHHHH
amigaaaa sniffff ufff já cá tás deste lado. ufff
"Quando eu morrer batam em latas..."
bem-vinda! :-) bjs
(outra coisa, ahh e tal e a T. tem tendências suícidas ahh pois tal coiso... e depois pespegas-me com uma foto e ai valha-me o carrinho de compras!)
As coisas que te passam pela cabeça... :P
Este post é de volupias intermináveis, uma delicia.
Óh senhor mpr, ... mas seguramente, pode estar descansado.
(então, esse casório? falta muito?? Ab.)
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