Dezoito mails
Dezoito mails
Dezoito envelopes, dezoito folhas, dezoito selos seria bem mais bonito, seria quase o diário de uma paixão - mas este é o diário da tua ausência.
Dezoito mails que deviam ser cartas.
Dezoito cartas dava para juntar num molhinho gorducho de papel, já dava para as atar com um cordelinho, atá-las com um cordelinho e guardá-las no fundo de uma qualquer gaveta, ou numa caixinha, ou dentro de um livro. Dezoito cartas era bem mais bonito, era como as cartas da menina Alzirinha ao meu avô Oliveira, eram dezoito cartas para a posteridade - quem sabe se, meio século depois de escritas, não acabariam nas mãos de uma neta tua, que as descobrisse por acaso e as lesse de uma ponta à outra...
Dezoito cartas é que era. Dezoito mails não é nada.
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