segunda-feira, agosto 08, 2005

Folga

As minhas miúdas foram hoje para a casa de correcção - para um reformatório de luxo.
De há uma semana para cá começaram a ter comportamentos estranhos; dois sofás, um pouff e quatro almofadas urinadas depois, eis que fizeram o inaceitável: deixaram um presente na cama da minha filha.

A Magui, especialista em comportamento felino fez o diagnóstico: estão stressadas. "Passam muito tempo sozinhas, estão a chamar a tua atenção". É bem capaz de ter razão, a Drª Magui. Mas são duas, por isso é que eu trouxe duas, deviam entreter-se e deixar-se dessas paranóias de depressões e, raios, eu já nem me importava com os sofás novinhos em folha cheios de pegões das unhas afiadas da Minhoca.

Chamou-se o 112 e as miúdas partiram. A Magui veio buscá-las e, claro, aproveitou a vinda para pôr o esquentador a funcionar (esta minha mãe é a verdadeira handy andy) e, também, em pouco mais de meia hora, lavou a cozinha de um lado ao outro.

As miúdas chegaram a casa da Magui e adoram lá estar. E à minha pala, a Magui tem mais quatro gatas. Sou uma inconsequente.

As miúdas partiram, eu estou triste, a casa está vazia, foram para a escola de etiqueta, para aprenderem a ser umas ladies, para o colégio interno do melhor que há, mas eu não tenho ilusões: não voltam. Eu ainda propus à Magui que elas viessem aos fins-de-semana, mas ela torceu o nariz a uma muito moderna custódia partilhada.

Tento acreditar nesta história do stress, mas tenho receio que nem gatos consigam viver comigo.

Bem, ao menos, o senhor holandês pode passar a vir cá a casa sem ter que se enfrascar em anti-histamínicos...

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