Dois meses
Há dois meses e dezassete horas atrás (and counting) alguém me disse assim: "E se eu desse uma fugida aí (...)?". É uma frase que eu tenho dificuldade em esquecer.
Dois meses depois, já não estou a fazer um destaque de duas páginas sobre os condomínios fechados de Lisboa, "subi" na vida e ando atrás do candidato social democrata à Câmara de Lisboa por onde quer que ele vá - já conheço Chelas como a palma da minha mão, e rio-me quando o senhor diz que quer chamar para ali a classe média.
Dois meses depois, tudo o que resta são momentos.
"Moments lost in time like tears in the rain", diz, prestes a morrer, o andróide Roy, interpretado pelo Rutger Hauer, no "Blade Runner" (um holandês que me fascina há muito mais tempo do que tu, Vring, desde que era pequenina e via compulsivamente o "Lady Hawk", com a Pfeiffer e o Matthew Broderic - tenho que ver se arranjo isto em DVD).
Os andróides Nexus 6 do Blade Runner têm dois tipo de memórias: uma artificial, introduzida pela empresa Tyrell e outra referente a tudo aquilo que, de facto, viveram. É esta última pela qual o andróide Roy chora, antes de soltar uma pomba branca pela noite. E eu também.
3 comentários:
perdi-me a meio...
"salvatore estupidusss!"
:-S
às vezes, não se percebe nada (não é assim tão raro, aviso-te já). É o que dá ter um blog chibo e intimista...
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