Goldberg
Eu sei que escrevi que não gosto de blogues que disparam música sem pedir licença.
Mas há excepções. A Aria das Variações Goldberg, do senhor João Sebastião, é a minha excepção.
Adoro a net, ela adora-me a mim, trouxe-me numa bandeja de prata a partitura original da Aria, que está guardada a sete chaves num museu não sei onde. Descobri este jpeg algures, bem aventurado seja o Altavista (o Google deixou-me ficar mal hoje), esta música e as suas três dezenas de variações foram escritas para um senhor que tinha insónias, a mim não me dá sono, dá-me pele de galinha, põe-me todo os cabelos e pelos iriçados, há quem diga que nem foi o Bach a escrevê-las, foi o seu discípulo Goldberg, pouco importa, é perfeita, a música, a pintura, a literatura e tudo o que há de belo são de quem as apanhar, são de quem se comove, de quem as sente grudadas na pele e esta é a versão original, tocada em hapsicórdio, se bem que eu gosto mais em piano, ou em cravo, mas gosto mesmo do piano, no site erudito de onde saquei a pauta, diz: siga a partitura à medida que a música toca, e apesar de eu não saber ler esta estranha linguagem de breves, colcheias, pausas, claves de sol e de fá, faz tudo sentido. Demasiado.
E mais logo, quando eu estiver mais uma noite sozinha, na Marta, sentadinha no sofá laranja, nascerá o post das Variações, que comecei aqui no jornal, mas que ficou coxo por falta de tempo e de notícias que falharam.
Por enquanto fica só a música. E o teasing. Gosto de tease. O meu nick do messenger nos últimos dias tem sido Miss Teaser.
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