Imagem bonita
[Post escrito com as artroses da mão esquerda assanhadas; mamã, não sou loira, não tenho olhos azuis, mas os meus ossos saem a ti]
Não sei o que me deu para ter fé nisto. Acreditava que se escrevesse muito bem, se escrevesse a toda a hora, a um ritmo frenético, a um ritmo febril, aqui, no outro blog, em guardanapos de papel, em folhas soltas, nos blocos merdosos que o jornal compra para desenharmos gatafunhos hieroglíficos que mais ninguém entende, eu achava que bastava escrever nas paredes de minha casa, na areia molhada da praia, no pó que se acumula nas capas dos CD’s que jazem em cima das colunas da aparelhagem, ou nos pilares gigantescos do nosso prédio da Estados Unidos da América, eu acreditei que isso bastava. Escrevia: alegre, ou no meu estado natural. Escrevia. E tu nunca dirias adeus.
[Desculpem os viciados, mas não consigo escrever. A imagem era bonita e já não é mais]
4 comentários:
Nenhuma palavra pode resumir o afecto do gesto. Talvez por isso.
A necessidade de ler o teu blog não tem a ver com a quantidade.
O silêncio também pode ser uma forma de gritar... sim é um cliché.
não sou bom em palavras "eu é mais bolos"
Escrevas ou não, estaremos aqui sempre á espera das tuas palavras, das tuas histórias, da tua vida!
Às vezes uma simples frase chega.
A nossa vida é um quadro e em alturas que nós pintamos de negro, há sempre alguém à nossa volta que vai pondo um pouco de cor. E daqui a uns tempos quando olharmos para trás e vermos o quadro e esta altura, vamos reparar nas cores alegres e vamos sorrir em vez de ficarmos tristes com as recordações.
O meu quadro anda negro e eu faço por tudo para pôr cores. E os amigos estão lá a pintar alegremente com cores vivas. E tem sido tão bom...
Não te conheço, mas virtualmente se puder pôr cor no teu quadro então conta comigo para te alegrar um pouco.
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