É nas costas que se sente a perda. A parte da frente consegue manter as aparências.
Pelo menos, a nossa cara pode encarar-se no espelho. É a nuca que sente a solidão.
Podemos abraçar a barriga e enrolarmo-nos à sua volta. Mas as costas permanecem sozinhas.
É por isso que as sereias e os djinns são retratados com as costas ocas -- jamais alguém lhes encosta uma barriga quente.
Sven Lindqvist, «Exterminem todas as bestas!»
[Enviado pelo leitor 50.000]
quarta-feira, março 22, 2006
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5 comentários:
e onde e como é que consegues fazer parentises rectos no iBook???? bela forma esta q o 50 000 encontrou para se manifestar. :-) special visitor I would say... bjs
ALT 8 E ALT 9, Isa. :)
E a música nova é para ele. Esqueci-me de republicar o blogue nontem à noite e só agora é que temos uma do russo igualmente raivosa como a dos montéquios e capuletos.
Belo post. E adianto um artigo à teoria geral: os anjos também não têm costas.
tão verdade! e o grave é que nos disfarçamos de gente para continuar a olhar ao espelho. concordo com o fta...belo post...sobretudo por aquilo que lá não vem escrito.
valeu! adoro parentises rectos... bjs
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