sábado, dezembro 31, 2005

Balançinho

Na assoalhada à minha direita - será que alguém deu pela minha falta? -, comem-se camarões e lagostins. Até eu comi camarões - lagostins não sei descascar, a Magui descascou-me um para eu experimentar, eu nunca como marisco, sou uma mulher económica, não gosto de marisco, não gosto de caviar nem presunto - e o Leonardo está a comê-los à mão, em vez de usar faca e garfo. Ninguém tirou fotografias, se eu não o escrevesse aqui, não haveria registo para a posteridade.
O ano despede-se alegre, acompanhado de uma reserva tinto de 1999 - a Marina também gosta das cabeçinhas, diz a minha mãe ali do meu lado direito - e, tal como aconteceu com o Natal, o melhor Natal de há muitos anos, tudo corre melhor do que se poderia imaginar.
Venho aqui, a uma hora e cinquenta do novo ano, um ano par e, apenas por isso, torço-lhe o nariz, eleger os cinco melhores textos que escrevi em 2005 - cinco porque é ímpar, cinco, um por cada dedo da minha mão doente, cinco porque três não consigo escolher, é muito pouco (escrevi 411 posts em 2005), cinco porque estamos em 2005. Gosto de muitos mais textos, gosto dos mais merdosos até, tenho-os quase todos na cabeça, sei, inclusive, os meses em que os escrevi, não é difícil encontrá-los.

Os que eu mais gostei de escrever foram estes:

Deus no armário dos sapatos

Menina Alzirinha

Os loucos

Há tanta gente infeliz


Às catorze horas e quarenta e três minutos

Estão a chamar-me. Até.

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