The document contains no data
Fiz as três - o número que deus fez (ainda estamos zangados, leva minúscula, apesar de estar com uma cruz ao peito, entre o regaço exorbitante que o soutien de marca Wonderbra que dá para iludir o mais incauto): chão lavado, roupa passada, post escrito.
É impublicável, junta-se às dezenas de drafts do dashboard. Há-os para todos os gostos, posts em que estou de fio dental e que, por isso, não publico, por pudor, porque o fio dental não me fica bem sequer, sou mais da ala liberal da asa delta. Há os que estão por acabar - um muito bonito, sobre um estranho vírus da poesia que decide atacar o mundo ocidental, e toda a gente verseja: o povo faz rimas de pé quebrado, os Lucenas sonetos, a classe média, essa, ainda não decidi o que faz, mas tenho na cabeça um congresso de cientistas sobre a terrível praga da poesia, todo em aiku, na minha cabeça; há um outro sobre a minha filha, vários sobre o aka "chulo literário". Há os às dezenas, coxos, tristes, fechados a ganhar mofo.
E agora vou preparar a poção mágica para dormir (mana, ficarias orgulhosa, é o que te digo), deixo a porta aberta para os Pestanas entrarem rapidinho (escolhem sempre os caminhos mais difíceis e de há uns tempos para cá, andam com uma crise de identidade, é a da meia idade decerto, ou então deixaram-se apanhar pelo espírito natalacío, também pode ser isso: chegam-me pela chaminé, cheios de fuligem). E hoje que venha o Pestana que nunca traz sonhos na algibeira.
"The document contains no data" é o que aparece hoje de noite sempre que tento ver o meu blog. E já pensei nisso...dar-lhe um sumisso.
7 comentários:
Desculpa lá a intromissão, apareci por aqui a primeira vez há uns dias, no link do link... pois... ora bem... Ontem estive cá e li um desabafo (foda-se) sobre uma multa... Voltei hoje e (foda-se!!!) mas tu fartas-te de escrever!!!
Vale o que vale (o que é pouco) mas gosto, gosto da tua destreza e do teu sentido de humor, mesmo que a vida por vezes te seja madrasta... Por cá estarei...
Os sumiços soam-me sempre a desistências... please don´t go...emerge-te, sim! ...publica tudo...
orgulhosa?...hum...tenho que ver isso! :)
Dispensa-se a parte vernacular. Não o resto. Mais prazer mental com outro, por favor. E sou um anónimo com prazer, apesar do meu IP!
O vernáculo, caro anónimo devidamente apanhado pelo seu ip, que me diz, pelo menos, onde trabalha, faz parte integrante do meu ser.
Fui criada no meio de homens. Falo e penso como eles. E tenho muitos mais tomates do que muitos que conheço...
Não sei se os tomates lhe ficam bem. Gosto do que vejo da forma como pensa. Gosto da sua escrita, nem sempre do que escreve. Sou quem imagina quem sou no lugar onde trabalho e fora dele. O meu anonimato é para os outros, talvez não para a menina Dia. É bonita no que descubro e gosto de ver os seus cabelos bem penteados, sem peças vernaculares de enfeite desnecessárias. Desculpe a liberdade de um reparo pela beleza que lhe consigo ver.
Está desculpado. Mas o vernáculo fica. Não existe Dia sem vernáculo. Faz parte do meu charme.
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